Ibovespa: mais uma máxima no ano...mas deixou um Hanging-Man

Os mercados futuros dos EUA iniciaram o dia indicando queda, assim como as principais bolsas européias, que trabalharam o tempo todo no campo negativo. Com o Ibovespa não foi diferente e logo após a abertura já se encontrava em baixa de mais de 1%; porém, durante a tarde, iniciou um movimento de lateralização próximo à estabilidade, resistindo ao forte volume apresentado pelo vencimento de opções sobre ações. Na parte final do pregão emplacou leve alta, terminando o dia com valorização de +0,37%.
O Índice renovou, mais uma vez, a máxima do ano não só no intraday, mas também em fechamento, com 60.928 pontos (maior pontuação desde o dia 21 de julho de 2009). A questão é que deixou um candle chamado Hanging-Man (Homem Enforcado), que sugere que o movimento de alta pode estar se esgotando; não por acaso, há expectativa de uma realização para o IBOV, até para aliviar um pouco os indicadores.
O volume financeiro totalizou R$ 8,65 bilhões, inflado pelas opções; segue acima de uma pequena LTA iniciada este mês e das médias móveis de curto prazo. O IFR e o EL, em área de sobrecompra, estão praticamente na horizontal, confirmação a indefinição do Índice no patamar atual.


Amanhã a FGV (Fundação Getulio Vargas) divulga o IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado) do segundo decêndio de setembro e, nos EUA, será o primeiro dia da reunião de política monetária do Federal Reserve. O momento ainda exige bastante cautela por parte dos investidores; tanto para compras ou vendas o risco está muito alto, pois falta uma definição mais clara sobre a continuação do atual movimento de alta; a tão falada realização ainda não chegou, mas há forte expectativa do mercado sobre o exato momento em que acontecerá (afinal, o mercado não sobe sem parar...) e a extensão dessa queda. Nos EUA, os Índices Dow Jones e S&P 500 fecharam negativos, enquanto o Nasdaq encerrou em alta, corroborando a atual indefinição presente nos mercados mundiais.