O número de pessoas físicas investindo em debêntures aumentou significativamente nos últimos seis meses. Dados da Anbid (Associação Nacional dos Bancos de Investimento) mostram que, em 2008, apenas 34 pessoas em todo o Brasil investiram nessa modalidade, contra 4.404 só nos seis primeiros meses deste ano.
Para o vice-presidente da entidade, Alberto Kiraly, isso acontece porque as debêntures se tornaram boas opções de investimento, em um momento que a diversificação é fundamental.
"A Selic está em 8,75% ao ano, ou seja, o menor patamar já alcançado pela taxa básica brasileira de juros. Com isso, os investidores estão tendo menos rentabilidade em renda fixa, o que faz com que eles procurem outros investimentos. Vivemos um cenário em que não dá mais para colocar o dinheiro em um fundo, sentar e esperar render. É preciso colocar o dinheiro para trabalhar. E diante dessa nova realidade, as debêntures surgem como boas opções também para a pessoa física".
"A Selic está em 8,75% ao ano, ou seja, o menor patamar já alcançado pela taxa básica brasileira de juros. Com isso, os investidores estão tendo menos rentabilidade em renda fixa, o que faz com que eles procurem outros investimentos. Vivemos um cenário em que não dá mais para colocar o dinheiro em um fundo, sentar e esperar render. É preciso colocar o dinheiro para trabalhar. E diante dessa nova realidade, as debêntures surgem como boas opções também para a pessoa física".
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Popularidade
Ainda pouco conhecidas das pessoas físicas, as debêntures são títulos de renda fixa de longo prazo, emitidos por empresas, e podem ou não ter como garantia algum tipo de ativo. Sua finalidade principal é financiar os projetos de investimento ou alongar dívidas da empresa.
Por essas características, o executivo alerta que há cuidados extras que devem ser adotados na hora de optar por esse tipo de investimento. "É preciso, primeiro, ter em mente que esse é um investimento de longo prazo, sem liquidez diária. Portanto, o investidor que aloca recursos em debêntures precisa estar preparado para carregar o papel por dois ou três anos. Se ele quiser - ou precisar - vender antes, estará sujeito ao preço do mercado secundário", explica.
Além disso, Kiraly explica que a pessoa física que for investir em debêntures precisa estudar a empresa que está emitindo os títulos.
"É uma operação bastante parecida com a compra de uma ação, embora os riscos sejam outros. Portanto, é fundamental ler o prospecto, conhecer a empresa e as perspectivas dela. O trabalho é bastante grande. Se a pessoa não se sente preparada, minha sugestão é que ela deixe na mão de um gestor para que ele coloque o dinheiro em fundos que possuam esses papéis. É fundamental, antes de qualquer investimento, saber o que se está comprando".
Atratividade
Ainda segundo o vice-presidente, outros fatores têm feito das debêntures um investimento atrativo: "O mercado hoje está mais seletivo, com empresas com bom risco de crédito, que têm visibilidade maior e fluxo de caixa estável".
Kiraly explica ainda que os papéis oferecem taxas atrativas, superiores aos investimentos atrelados à taxa Selic e ao rendimento pago pelos Certificados de Depósito Bancário (CDB). "O retorno da primeira série de distribuição da Telemar, no início do ano, por exemplo, com prazo de dois anos, era de 115% do CDI, enquanto que a taxa da segunda, com prazo de três anos, foi de 120% do CDI".
Além disso, as empresas passaram a formatar suas operações com o objetivo de atrair esse público. "Hoje o valor nominal das debêntures gira em torno de R$ 1 mil, antes era de R$ 10 mil ou R$ 20 mil. Agora as companhias oferecem lotes menores, porque elas sabem que, para a pessoa física participar, essa formatação é importante", finaliza.
Fonte: Infomoney
Popularidade
Ainda pouco conhecidas das pessoas físicas, as debêntures são títulos de renda fixa de longo prazo, emitidos por empresas, e podem ou não ter como garantia algum tipo de ativo. Sua finalidade principal é financiar os projetos de investimento ou alongar dívidas da empresa.
Por essas características, o executivo alerta que há cuidados extras que devem ser adotados na hora de optar por esse tipo de investimento. "É preciso, primeiro, ter em mente que esse é um investimento de longo prazo, sem liquidez diária. Portanto, o investidor que aloca recursos em debêntures precisa estar preparado para carregar o papel por dois ou três anos. Se ele quiser - ou precisar - vender antes, estará sujeito ao preço do mercado secundário", explica.
Além disso, Kiraly explica que a pessoa física que for investir em debêntures precisa estudar a empresa que está emitindo os títulos.
"É uma operação bastante parecida com a compra de uma ação, embora os riscos sejam outros. Portanto, é fundamental ler o prospecto, conhecer a empresa e as perspectivas dela. O trabalho é bastante grande. Se a pessoa não se sente preparada, minha sugestão é que ela deixe na mão de um gestor para que ele coloque o dinheiro em fundos que possuam esses papéis. É fundamental, antes de qualquer investimento, saber o que se está comprando".
Atratividade
Ainda segundo o vice-presidente, outros fatores têm feito das debêntures um investimento atrativo: "O mercado hoje está mais seletivo, com empresas com bom risco de crédito, que têm visibilidade maior e fluxo de caixa estável".
Kiraly explica ainda que os papéis oferecem taxas atrativas, superiores aos investimentos atrelados à taxa Selic e ao rendimento pago pelos Certificados de Depósito Bancário (CDB). "O retorno da primeira série de distribuição da Telemar, no início do ano, por exemplo, com prazo de dois anos, era de 115% do CDI, enquanto que a taxa da segunda, com prazo de três anos, foi de 120% do CDI".
Além disso, as empresas passaram a formatar suas operações com o objetivo de atrair esse público. "Hoje o valor nominal das debêntures gira em torno de R$ 1 mil, antes era de R$ 10 mil ou R$ 20 mil. Agora as companhias oferecem lotes menores, porque elas sabem que, para a pessoa física participar, essa formatação é importante", finaliza.
Fonte: Infomoney
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