sábado, 11 de setembro de 2010

As dúvidas entre aplicar, ou não, no mercado acionário... ...


- Com a popularização do mercado acionário no Brasil (leia-se Bovespa) e a disseminação e facilidade de operação por meio da ferramenta conhecida como Home Broker (plataforma de negociação acessível a qualquer investidor, disponibilizada por uma corretora), a cada dia que passa uma nova leva de pessoas físicas se “aventura” por esse terreno.

- Diferentemente do “folclore” que cerca o ambiente da bolsa de valores, é difícil que a pessoa venha a perder todo o seu dinheiro de uma hora para a outra (pode sim sofrer com uma desvalorização brusca...), assim como também é mais improvável ainda que possa enriquecer de um dia para o outro (com raríssimas e quase exclusivas ocasiões...)

- O risco de aplicar em ações seria a desvalorização do papel que você comprar (considerando que tenha que vender, mesmo estando no prejuízo). A perda total dos recursos acontece apenas se houver falência da empresa; e para evitar/reduzir esse risco é necessário uma escolha criteriosa antes de iniciar seu investimento. O seu dinheiro pode “virar pó” apenas no mercado de opções e mercado a termo, que definitivamente não são indicados para iniciantes (só aconselhável entrar depois de muito estudo e experiência e após uns três anos, no mínimo, investindo em ações).

- Segue abaixo a continuação da postagem...

- Inicialmente há que se considerar que o cidadão comum, ao comprar a ação de uma determinada empresa, está se tornando sócio da mesma. E um dos fatores que têm que ser levados em conta é o prazo que essa pessoa pretende manter os seus recursos aplicados...pode estar apenas “especulando”, ou seja, pretende apenas aproveitar uma eventual valorização de curto prazo, para logo vender e embolsar o lucro...ou tem a intenção de formar uma carteira de ações de longo prazo, apostando em uma futura aposentadoria tranqüila...

- O prazo de aplicação, aliás, é um detalhe muito importante a ser observado nesse tipo de investimento. O ideal (o que qualquer especialista fala) e mais recomendado por qualquer especialista da área é o longo prazo (mais de 10 anos); nesse caso, você pode comprar um papel, tendo o devido cuidado de acompanhar, de tempos em tempos, o seu desempenho. Um conselho importante: jamais compre ações pensando em utilizar o dinheiro alguns meses depois (comprar um carro, pagar um tratamento médico, etc), pois você será um mero apostador do mercado financeiro e contará apenas com a sorte.

- Tratando sobre o investimento no curto/médio prazo, existem algumas peculiaridades nesse mercado, e podemos tecer alguns comentários: ao comprar diretamente um papel, você acaba concentrando valores em apenas uma empresa; e isso é ótimo quando o ativo sobe, mas perturbador quando (por qualquer motivo) a ação cai (ou até mesmo desaba). Mesmo as Blue Chips (ações de maior destaque da nossa Bovespa), como Vale, Petrobrás e Usiminas estão sujeitas a variações bruscas. Como exemplo: Usiminas chegou a valer aprox. R$ 90,00/ação quando o Ibovespa atingiu seu topo histórico no ano passado, e desabou para R$ 20,00 durante a crise do final de 2008.

- Considerando que você, leitor, nunca aplicou em ações diretamente, sugiro iniciar uma experiência com fundos de ações (ou até mesmo um clube de investimentos), aos poucos e com capital reduzido; a vantagem está na rentabilidade (que seria igual à do mercado acionário) e na diversificação, pois você estará comprando cotas de um fundo que poderá imitar a composição do Ibovespa (ou outro Índice, tal como do setor elétrico). Além disso, será um bom teste para avaliar o seu grau de aversão ao risco, pois poderá sentir “in loco” variações negativas/positivas em um curto espaço de tempo...

- No caso de você iniciar logo em ações (se assim preferir), é aconselhável colocar pequenos valores; porém, para valer a pena os custos envolvidos(corretagem, custódia, etc) é interessante um aporte mínimo em torno de R$ 5.000,00 (Ex.: um lote de ações da Vale está aprox. R$ 4.200,00; ou seja, com 5k você tem condições de adquirir um lote). Lembrando que em fundo de ações você pode começar com apenas R$ 100,00. Um bom começo é iniciar uma pesquisa na carteira de fundos do seu banco...

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