Por: Dinando Carramos (e-group Bovespa Brasil)
1. Bardella (BDLL4)
- Já falamos que a empresa é bastante complicada em termos de governança e sucessão ao Cláudio, mas a venda da fazenda por R$ 120 MM - quase metade do market cap - certamente implicará um bom dividendo, além de transmitir uma importante mensagem ao mercado, que há séculos cobrava da empresa a venda de ativos non core. A entrada no caixa terá de ser. O problema é liquidez, mas existem formas de se montar uma posição aos poucos. O papel já andou bem nos últimos dias, mas ainda há tempo de se apropriar dessa potencial grande distribuição.
2. Eletropaulo (ELPL6)
- É um case clássico de dividendos e ficou ainda mais atrativo depois da venda da AES Telecom. O repasse da AES Telecom para a Brasiliana foi fechado a R$ 296 MM, gerando efeito contábil de R$ 167 MM a ser reconhecido no lucro do segundo trimestre. Se tivermos 100% de payout em 2010, podemos chegar a um dividend yield de 20% no ano. O único risco relevante se refere à contingência em torno de R$ 1 bilhão com a Eletrobrás - é evidente a necessidade de acompanhar os resultados trimestrais da companhia e suas notas explicativas com eventuais provisões, mas nossa expectativa é de que nada seja provisionado antes do final do ano.
3 - Comgás (CGAS5)
- Deve apresentar um payout próximo a 100% neste ano, com yield em torno de 9%. Downside praticamente inexistente, pois o negócio quase não tem risco (monopólio regulado até 2029, renováveis por mais 20 anos, e natural para sempre, associado a uma demanda inelástica). Baixa necessidade de investimento com grande geração de caixa.
Segue abaixo...
4 - Coelce (COCE5)
- A companhia vem pagando entre 95%-100% de payout nos últimos sete anos e não há perspectiva de alteração do quadro nos próximos cinco anos, já que a geração de caixa (algo próximo a R$ 750 MM de Ebitda em 2010) é mais do que suficiente para suportar os investimentos previstos. Veja que, no final de abril, foi aprovada distribuição de dividendos no valor de R$ 2,74 por ação (atualmente, cotadas perto dos R$ 25,00). Para 2010, deve fechar com um dividend yield total próximo a 14,5% (não dá pra negligenciar). Empresa bem tocada e um pouco esquecida pelo mercado em função da suposta falta de driver.
5 - CSN (CSNA3)
- Historicamente, sempre foi uma boa pagadora de dividendos - não tanto quanto uma Telesp ou uma AES Tietê, mas em níveis bastante razoáveis, sobretudo quando ponderados por sua CAGR. Ainda que o mercado esteja fechado no momento para IPOs, esperamos a separação dos ativos de mineração da empresa ainda em 2010. Mesmo que parte seja retida para dar continuidade ao processo de internacionalização da empresa e da ofensiva no mercado de cimento, ainda sobrará um montante razoável a ser distribuído. É uma aposta não tão convencional em portfólios de dividendos - usualmente dominadas por elétricas e teles - mas muito apropriada para este ano específico.
6 - Multiplus (MPLU3)
- Depois de ter destinado 94% dos R$ 694 MM do IPO à compra de passagens da TAM e manter uma estrutura de custos bem enxuta, Multiplus começa a ter uma forte geração de caixa e expenditures baixos. A rigor, a empresa será mesmo um grande play de dividendos em 2011, quando deve estar com uma posição de caixa líquido superior a R$ 1 bi, resultando em redução do capital e/ou grande distribuição de dividendos - podemos chegar com alguma facilidade a 20% de yield.
7 - Eternit (ETER3)
- Até pode ser considerado um caso clássico de dividendos, mas associado a um bom potencial de crescimento. Desde 2004, houve apenas um ano em que a companhia ofereceu um yield inferior a 12%. Para 2010, há caixa suficiente para realizar os investimentos em expansão da capacidade, depois da subscrição privada no valor de R$ 107 MM feita no ano passado. Esperamos um payout da ordem de 80% em 2010, o que implicaria um dividend yield perto de 9,5%.
8 - AES Tietê (GETI4)
- Para não sermos chamados de heterodoxos extremistas (apesar de termos orgulho em sermos hetero), há que se incluir o play canônico de dividendos. Não há muito segredo: geradora de energia tradicional, sem necessidade de investimento significativo e fluxo de caixa bastante previsível. Tem um balanço mais limpo em termos de contingências e deve oferecer um yield superior a 10%.
9 - Grendene (GRND3)
- Segundo as nossas estimativas, a companhia fará R$ 300 milhões de lucro neste ano e distribuirá R$ 150 milhões. Isto sem contarmos com o upside de que a empresa tem mais de R$ 1 bilhão de lucros retidos (advindos de incentivos fiscais e que, portanto, não podem ser distribuídos mas apenas reinvestidos). A companhia contratou assessores financeiros para estudar um destino a estes recursos.
10 - Souza Cruz (CRUZ3)
- Também um caso clássico de dividendos. Baixa necessidade de investimento e capacidade de ampliação de margens a partir de marcas premium. Engana-se quem acha que Souza Cruz não tem upside. A empresa está blindada de todos os claims contra si por conta da legislação do Serra e funciona como um call de formalização do mercado brasileiro. Sempre que o índice está de lado (ou em queda) CRUZ3 acaba outperformando (com esse monte de setas vermelhas apontando para baixo, só nos resta beber e fumar).
11 - Cremer (CREM3)
- A empresa tem um objetivo explícito de adequar sua estrutura de capital, levando a relação dívida líquida sobre Ebitda para 1,5x. Ao final do primeiro trimestre, a Cremer apresentava caixa líquido de R$ 42,5 MM e, segundo nossas estimativas, deve fazer algo próximo a R$ 65 MM de Ebitda em 2010. Ainda há espaço para uma boa distribuição de dividendos e/ou redução de capital. Vemos a companhia como um play bastante defensivo e muito bem marketada pela Tarpon.
1. Bardella (BDLL4)
- Já falamos que a empresa é bastante complicada em termos de governança e sucessão ao Cláudio, mas a venda da fazenda por R$ 120 MM - quase metade do market cap - certamente implicará um bom dividendo, além de transmitir uma importante mensagem ao mercado, que há séculos cobrava da empresa a venda de ativos non core. A entrada no caixa terá de ser. O problema é liquidez, mas existem formas de se montar uma posição aos poucos. O papel já andou bem nos últimos dias, mas ainda há tempo de se apropriar dessa potencial grande distribuição.
2. Eletropaulo (ELPL6)
- É um case clássico de dividendos e ficou ainda mais atrativo depois da venda da AES Telecom. O repasse da AES Telecom para a Brasiliana foi fechado a R$ 296 MM, gerando efeito contábil de R$ 167 MM a ser reconhecido no lucro do segundo trimestre. Se tivermos 100% de payout em 2010, podemos chegar a um dividend yield de 20% no ano. O único risco relevante se refere à contingência em torno de R$ 1 bilhão com a Eletrobrás - é evidente a necessidade de acompanhar os resultados trimestrais da companhia e suas notas explicativas com eventuais provisões, mas nossa expectativa é de que nada seja provisionado antes do final do ano.
3 - Comgás (CGAS5)
- Deve apresentar um payout próximo a 100% neste ano, com yield em torno de 9%. Downside praticamente inexistente, pois o negócio quase não tem risco (monopólio regulado até 2029, renováveis por mais 20 anos, e natural para sempre, associado a uma demanda inelástica). Baixa necessidade de investimento com grande geração de caixa.
Segue abaixo...
4 - Coelce (COCE5)
- A companhia vem pagando entre 95%-100% de payout nos últimos sete anos e não há perspectiva de alteração do quadro nos próximos cinco anos, já que a geração de caixa (algo próximo a R$ 750 MM de Ebitda em 2010) é mais do que suficiente para suportar os investimentos previstos. Veja que, no final de abril, foi aprovada distribuição de dividendos no valor de R$ 2,74 por ação (atualmente, cotadas perto dos R$ 25,00). Para 2010, deve fechar com um dividend yield total próximo a 14,5% (não dá pra negligenciar). Empresa bem tocada e um pouco esquecida pelo mercado em função da suposta falta de driver.
5 - CSN (CSNA3)
- Historicamente, sempre foi uma boa pagadora de dividendos - não tanto quanto uma Telesp ou uma AES Tietê, mas em níveis bastante razoáveis, sobretudo quando ponderados por sua CAGR. Ainda que o mercado esteja fechado no momento para IPOs, esperamos a separação dos ativos de mineração da empresa ainda em 2010. Mesmo que parte seja retida para dar continuidade ao processo de internacionalização da empresa e da ofensiva no mercado de cimento, ainda sobrará um montante razoável a ser distribuído. É uma aposta não tão convencional em portfólios de dividendos - usualmente dominadas por elétricas e teles - mas muito apropriada para este ano específico.
6 - Multiplus (MPLU3)
- Depois de ter destinado 94% dos R$ 694 MM do IPO à compra de passagens da TAM e manter uma estrutura de custos bem enxuta, Multiplus começa a ter uma forte geração de caixa e expenditures baixos. A rigor, a empresa será mesmo um grande play de dividendos em 2011, quando deve estar com uma posição de caixa líquido superior a R$ 1 bi, resultando em redução do capital e/ou grande distribuição de dividendos - podemos chegar com alguma facilidade a 20% de yield.
7 - Eternit (ETER3)
- Até pode ser considerado um caso clássico de dividendos, mas associado a um bom potencial de crescimento. Desde 2004, houve apenas um ano em que a companhia ofereceu um yield inferior a 12%. Para 2010, há caixa suficiente para realizar os investimentos em expansão da capacidade, depois da subscrição privada no valor de R$ 107 MM feita no ano passado. Esperamos um payout da ordem de 80% em 2010, o que implicaria um dividend yield perto de 9,5%.
8 - AES Tietê (GETI4)
- Para não sermos chamados de heterodoxos extremistas (apesar de termos orgulho em sermos hetero), há que se incluir o play canônico de dividendos. Não há muito segredo: geradora de energia tradicional, sem necessidade de investimento significativo e fluxo de caixa bastante previsível. Tem um balanço mais limpo em termos de contingências e deve oferecer um yield superior a 10%.
9 - Grendene (GRND3)
- Segundo as nossas estimativas, a companhia fará R$ 300 milhões de lucro neste ano e distribuirá R$ 150 milhões. Isto sem contarmos com o upside de que a empresa tem mais de R$ 1 bilhão de lucros retidos (advindos de incentivos fiscais e que, portanto, não podem ser distribuídos mas apenas reinvestidos). A companhia contratou assessores financeiros para estudar um destino a estes recursos.
10 - Souza Cruz (CRUZ3)
- Também um caso clássico de dividendos. Baixa necessidade de investimento e capacidade de ampliação de margens a partir de marcas premium. Engana-se quem acha que Souza Cruz não tem upside. A empresa está blindada de todos os claims contra si por conta da legislação do Serra e funciona como um call de formalização do mercado brasileiro. Sempre que o índice está de lado (ou em queda) CRUZ3 acaba outperformando (com esse monte de setas vermelhas apontando para baixo, só nos resta beber e fumar).
11 - Cremer (CREM3)
- A empresa tem um objetivo explícito de adequar sua estrutura de capital, levando a relação dívida líquida sobre Ebitda para 1,5x. Ao final do primeiro trimestre, a Cremer apresentava caixa líquido de R$ 42,5 MM e, segundo nossas estimativas, deve fazer algo próximo a R$ 65 MM de Ebitda em 2010. Ainda há espaço para uma boa distribuição de dividendos e/ou redução de capital. Vemos a companhia como um play bastante defensivo e muito bem marketada pela Tarpon.
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