terça-feira, 18 de maio de 2010

Um dos motivos do “derretimento” de alguns ativos nos últimos dois dias...

- Esclarecedora matéria tratando das perdas do GWI Bank, que administra alguns dos fundos mais alavancados e agressivos do mercado; em 2008, com a crise, quase foi à falência, e nos últimos dias tem passado por maus momentos...

- FUNDOS DA GWI CAEM MAIS 9% E GESTORA RESTRINGE INFORMAÇÕES NA CVM

Por: Altamiro Silva Júnior

- Depois de acumular perdas de 31% apenas este mês, a gestora GWI Asset Management resolveu restringir informações de seus fundos na página da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). O site da autarquia informa que, "por solicitação do administrador do fundo", a identificação sobre a composição da carteira dos ativos nos quais a GWI investe foi omitida ao público em geral. Ontem, os fundos da gestora caíram mais 9%.

- Até o início da tarde de segunda-feira era possível ver a participação de cada papel nos fundos, as operações a termo - que consistem na compra ou venda de ações a um preço fixo para liquidação no futuro - realizadas e as corretoras que operavam com a gestora.

- Segue abaixo...


- No pregão de hoje, o movimento de desmonte de posições dos fundos provoca nova onda des baixas em algumas ações. Às 16h23, B2W ON registrava queda de 8,89% e Braskem PNA, de 3,24%. De acordo com fontes de mercado, desde a última quinta-feira a GWI tem corrido para liquidar antecipadamente operações a termo a fim de evitar prejuízos ainda maiores.

- No pregão de ontem, quando as ações da Braskem despencaram 7,98%, foram antecipadas R$ 43,9 milhões em operações a termo com os papéis da companhia. Na sexta-feira, dia em que as units da SulAmérica registraram queda de 5,29%, após caírem quase 8% na mínima, um total de R$ 27,9 milhões em operações a termo com os papéis foi antecipada no mercado.

- Segundo operadores, esse movimento de queda vem sendo amplificado desde ontem porque alguns investidores, prevendo o movimento da GWI, estão alugando ações para vendê-las no mercado, na expectativa de recomprá-las mais barato e lucrar com a diferença, forçando ainda mais a queda das ações.

- O fundo GWI Leverage FIA, depois de perder 12,29% na sexta-feira, caiu mais 9,52% ontem. O fundo opera principalmente com B2W, Lojas Americanas e SulAmérica. Outro fundo da gestora, o GWI Pipes, que tem 18% do patrimônio aplicado em Braskem, perdeu 9,10% na segunda-feira.

- Por conta da alavancagem, a variação negativa dos fundos da GWI é muito maior que a queda da bolsa. No acumulado deste mês até ontem, o Leverage FIA registra perda de 31% e o Pipes, de 28%, frente a uma queda de 6,91% do Ibovespa.

- Segundo o site Fortuna, especializado no mercado de fundos, as carteiras da GWI não registram saques nem aplicações nos últimos dias. Juntos, os fundos Leverage e Pipes reúnem patrimônio da ordem de R$ 130 milhões. Procurada pela Agência Estado, a GWI preferiu não comentar o movimento de venda de ações.

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2 comentários:

mario milionario disse...

Isso mostra novamente que alavancagem deve ser usada com cautela. Quem viveu 2008 deveria saber.

http://decidi-virar-milionario.blogspot.com/

Alexandro disse...

Tem toda razão, Mario. E o problema é a negligência em realizar apostas de alto risco sem nenhum Hedge...talvez por confiança excessiva, esquecendo que o mercado às vezes prega algumas peças...
Abraço!
Alexandro

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