quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Algumas empresas que pagaram dividendos superiores a +10% em 2011...


- Em tempos de crise, os investidores costumam olhar com mais atenção empresas bem administradas, sólidas, com lucros recorrentes, e que pagam bons dividendos...e uma das supostas vantagens desses ativos é o fato de que não sentem muito os “trancos” do mercado; até podem apresentar quedas, durante as crises, mas a volatilidade é menor que papéis de outros setores...

- Uma das desvantagens, se é que podemos falar assim, é que em época de grandes altas na bolsa de valores, esses ativos costumam apresentar valorizações mais tímidas...

- Um setor tradicional, e que se enquadra nos quesitos já citados, é o das Elétricas. O seu perfil de negócio é bem delineado, pois é um serviço de primeira necessidade, com riscos normalmente baixos, e tarifas reajustadas anualmente acompanhando a inflação...até por isso, apresentam lucros constantes e é de praxe distribuir parte dele em dividendos aos seus sócios e acionistas...

- Segue abaixo alguns exemplos de ativos:

- TRNA11 – com excelente Dividend Yield (DY) de 22,4% em 2011, mesmo assim teve valorização de fortíssimos +56,7%...

- ELPL4 – pagou um DY também acima do mercado, de 20,7%, com forte valorização de +41,2% em 2011... ...o mercado avalia que possivelmente não deve manter em 2012 esse mesmo DY; porém, mantém-se atrativa, por ser uma das mais líquidas da bolsa nesse setor...

- EQTL3 – mais uma elétrica, que tem um DY de 14,5%, com valorização de +28,4%...

- MPLU3 – para sair um pouco das elétricas, temos uma relativa novidade, pois a Multiplus teve seu IPO em 2010, sendo uma recente boa surpresa para o mercado...com um DY de 11,4%, valorizou +9,73% em 2011...

- ETER3 – empresa mais ligada à área de construção, Eternit é um ativo relativamente tradicional nas carteiras de dividendos...teve um DY de 10%; porém o seu desempenho ficou negativo em 2011, com -19,16%...

- A questão dos dividendos é um assunto bastante extenso e provoca boas discussões...a escolha dos papéis envolve logicamente estudos mais apurados, pois algumas vezes os múltiplos de determinada empresa não refletem necessariamente uma realidade saudável – um exemplo claro seria a Mendes Junior...

- Os exemplos citados são apenas uma pequena amostra de alguns papéis que podem ser analisados pelo investidor, antes de aplicar o seu dinheiro...como sempre, vale a dica de não concentrar os recursos em apenas um ativo, pois mesmo nesse setor pode haver eventual risco de perdas e alguma volatilidade no curto prazo...

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terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Algumas palavras sobre investimentos para 2012...


- O ano de 2011 não foi muito proveitoso para os investimentos em ações...aliás, desde 2008 o nosso índice da BOVESPA não acumulava queda tão significativa...no caso, -18,11%.

- A questão é que a economia mundial, em princípio, não deixa margem para que os mercados apresentem reação mais significativa ao longo deste novo ano...as opiniões divergem, muitas vezes, entre aqueles mais otimistas – que acham que a economia dos EUA, por exemplo, já dá sinais de recuperação e pode, com isso, “puxar” as demais nações do primeiro mundo – e os pessimistas (ou não tão otimistas), que pregam que a Zona do Euro ainda trará consequências mais sérias não só aos seus integrantes, mas “dividirá a conta” dessa crise, afetando as demais economias...

- A verdade é que não há mais “ganho fácil” na renda variável, como aconteceu por muito tempo, citando o exemplo dos anos entre 2002-2008... ...cresce a importância de avaliar bem não só as empresas, mas a época certa de investir nelas... ...veja, por exemplo, o caso das empresas ligadas a commodities: Usiminas, Gerdau, CSN, apesar de ser consideradas Blue Chips da nossa bolsa, bem administradas, pagadoras de dividendos, apresentaram desempenho negativo no ano que passou, com quedas situadas entre -20 a -46%... ...a explicação para isso pode ser creditada ao câmbio valorizado ou à expectativa de desaceleração da economia chinesa, entre outros fatores...

- Segue abaixo a continuação da postagem....

- Com relação à renda fixa, há a expectativa de que o Governo mantenha sua perspectiva de baixa das taxas de juros, afetando o rendimento dessa modalidade de investimento. Nesse cenário, as opções pré-fixadas tornam-se mais atrativas, pelo menos no curto prazo...

- Acredito que os fundos imobiliários (FII), nessa situação de queda nos juros, mantenham boa atratividade, considerando o pagamento dos rendimentos mensais e a possível valorização das cotas... ...mas...como já comentei em outro tópico, há necessidade de “garimpar” as melhores opções, pois é um mercado que também oferece riscos...

- Ainda na renda fixa, existem outras boas opções, dependendo do montante disponível pelo investidor, considerando também o tempo que poderá deixar parado esses valores...LCI, CRI, FIDC, fundos multimercado, CDB de pequenos bancos, oferecem rentabilidades bastante atrativas... ...porém, cabe uma avaliação da classificação de risco das empresas ligadas a eles, assim como um estudo detalhado das suas características...uma precaução que poderá evitar futuros dissabores...

- A importância da diversificação é cada vez maior nesse cenário de incertezas e dúvidas...não é o caso, por exemplo, concentrar 100% de seus investimentos em apenas uma modalidade, seja ela poupança, fundo de renda fixa, ou ações...a velha máxima de “não colocar todos os ovos na mesma cesta” deve ser bem observada...lembre-se também que “nada está tão barato, que não possa cair ainda mais...”, principalmente na bolsa de valores (seja blue chips ou micos)...

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